Estou chateado com o jeito como as coisas têm rolado na minha vida ultimamente. As coisas vêm acontecendo de formas, em jeitos e numa velocidade que me tiram do sério - não tem um botão de pausa nisso não?
Nem desabafar consigo - sou complexo, errático e não-linear.
Tanto a minha raiva quanto a minha tristeza são auto-indutoras - não sei se compartilho isso com o gênero humano, mas tal característica ás vezes me aliena dos outros: como eu queria não sentir, não sofrer, não ser. Idiossincrático. E cheio de hipocrisia. Hipócrita assumir esse querer, quando a vontade de sentir é avassaladora. Sim, eu ainda quero amar. Eu amei, me entreguei e sofri, pois não fui amado como amei. E agora estou do outro lado. Que faço? Me sinto egoísta, sujo.
Queria ver pelos olhos dos outros, sentir pelos corações dos outros. Mas eu estou preso na minha própria mente, no meu próprio corpo. Um corpo que eu nem gosto tanto quanto devia e não me esforço o suficiente para melhorar.
Ultimamente eu me sinto como se estivesse em espera - uma espera sem pausa, sem descanso, onde as coisas acontecem fora do meu controle e longe dos meus desejos.
Pelo que estou esperando? Por quem estou esperando?